As organizações perceberam que, apoiando a causa e envolvendo seus funcionários, constroem uma imagem positiva perante o mercado, além de desenvolver pessoal e profissionalmente os voluntários, pois participando de programas desta natureza são descobertas novas potencialidades e aumentam-se os círculos de amizades, ampliando a visão de mundo e promovendo a participação da construção de uma sociedade mais justa.
De acordo com uma pesquisa desenvolvida pelo Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial(CBVE), com a colaboração de grandes empresas atuantes no país, contribuir para o desenvolvimento das comunidades próximas à empresa ficou como o principal propósito ao desenvolver o voluntariado, com 29,7% das respostas. Em segundo lugar, ficou a contribuição para a melhoria das condições de vida de seus moradores (20%), seguida do fortalecimento da imagem da empresa para os públicos interno e externo (18%). “Vejo que as pessoas querem se envolver, mas não sabem onde e como fazê-lo. Programas de voluntariado precisam ser fortalecidos por políticas públicas e pelo poder privado. A mídia também vem abordando mais este tema, e isto ajuda na divulgação”, relata Heloisa Coelho, diretora executiva da Rio Voluntário e secretária executiva do CBVE.
O voluntariado desenvolve diversas habilidades e competências nos profissionais, como liderança, trabalho em equipe e comprometimento. O engajamento com a organização também é um ponto forte, gerando um sentimento de orgulho nas pessoas que acabam participando dos programas.
“Fizemos um trabalho de conscientização de funcionários, em parceria com o Centro de Voluntariado de São Paulo, e promovemos palestras sobre o que é ser voluntário e como ter comprometimento com a causa. Além disto, realizamos uma campanha interna, divulgando as ações que funcionários já envolvidos com voluntariado fazem por conta própria. A intenção é estimular a participação de todos”, enfatiza Luciane Borges, gerente de Comunicação da Novelis, empresa que promove o voluntariado nos pilares da educação, segurança e reciclagem.
Em critérios de recrutamento e seleção, ter trabalhos de voluntariado no currículo pode ser uma vantagem. A empresa, sabendo que o profissional participou de ações sociais, pode levar em consideração que este candidato carrega habilidades e competências interessantes, com valores éticos mais consolidados. “O voluntariado amplia as bagagens e experiências possibilitando uma série de informações e aprendizagens que podem ser conectadas com as demandas do ambiente profissional”, conta Marina Carvalho, supervisora da Fundação Educar.
Se comparado com cidadãos de outros países, o brasileiro ainda é muito ausente na questão do voluntariado. Segunda pesquisa do Ibope, 25% dos brasileiros fez, em toda vida, alguma ação neste sentido, sendo que apenas 11% deste total estão envolvidos continuamente com a causa.
“Devemos estimular a prática solidária nas novas gerações e despertá-las para essa consciência de contribuição coletiva para que, no futuro, o voluntariado não seja um diferencial mas, parte do hábito de todo cidadão”, aponta Marina.
Para ela, como a empresa tem lojas em diversos estados, o grande desafio é mobilizar quem não está tão perto da Fundação. “Muitas vezes a demanda vem da própria loja que solicita nosso apoio então, o programa acaba contribuindo também para essas iniciativas. Se não houvesse tal apoio, talvez muitos desistiriam por não saber por onde começar”, explica.
Fonte: Cathos
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